segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Candidatos

O pastor da minha igreja expôs um aspecto muito interessante dos candidatos de antigamente.
A palavra "CANDIDATO", em suas origens, remonta à brancura. Nos primórdios os candidatos à representação popular (nossos atuais deputados, senadores, etc.) saíam às ruas usando uma vestimenta completamente branca. Se o indivíduo fosse dado como incapaz ou inadequado para a função o próprio povo, prontamente, tratáva de sujá-la.
Ficha suja, roupa suja.
Seria interessante ver isso ocorrer nos dias de hoje. Não há sabão que chegue, para limpar a sujeira que se instalou por aí.

Segundo Turno

Segundo turno. Surpresa pra mim, achei que a Dilma levaria no primeiro. O problema é que José Serra só fala de salário mínimo de R$ 600,00 e quebra de sigilo e a Dilma... ela não fala nada, quem fala é o Lula. Aliás à sombra do prestígio dele muitos se deram bem.
Ontem no programa Canal Livre da Band o deputado federal Arlindo Chinaglia (PT) não expôs claramente a posição de seu partido sobre Liberdade de imprensa, Aborto, união homossexual, etc. Segundo ele essas questões serão esclarecidas agora, no segundo turno. Esperemos pra ver.

Agora, quando é que vão começar a falar mais sobre reforma da previdência, reforma política, reforma tributária, etc e menos sobre assistencialismo, por exemplo? Está faltando objetividade aos nossos candidadtos.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Leia a matéria

Deu em O Globo
Um projeto autoritário em marcha.

Serra, Marina, Plínio, Eymael, Levy Fidelix e outros... Ainda não escolhi meu candidato, mas sei que não voto na Dilma.
"Eu voto em quem o Lula indicar, de olhos fechados", foi o que ouvi recentemente. É com esses olhos fechados que o Brasil vai pro buraco. E acreditando que essa bandidagem que querem que agente engula é a melhor escolha. Ai de nós.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

sábado, 21 de agosto de 2010

Recebo outra carta da ravissante Dora Avante. Dorinha diz que as especulações sobre sua verdadeira idade são fantasiosas e que só se preocupa com a idade que lhe dão quando quem dá é o Pitanguy. Seja como for, Dorinha esteve presente em muitos momentos decisivos da nossa história. Teria, inclusive – por circunstâncias nunca bem explicadas daquele período confuso, e que ela mesmo se recusa a esclarecer –, ocupado a Presidência da República entre a renúncia de Jânio, o governo provisório de Ranieri Mazzilli e a posse de Jango, durante 15 minutos. Dorinha concorda que a política mudou muito nestes últimos anos e não pode evitar uma ponta de nostalgia pela política como era antes. Principalmente no que diz respeito a acusações e ofensas entre políticos, que no seu tempo... Mas deixemos que ela mesmo nos diga em sua carta. Que, como sempre, veio escrita com tinha roxa em papel turquesa perfumado.
“Caríssimo! Beijos disseminados. Essas brigas no Congresso me trazem à lembrança um dos meus primeiros maridos, que era senador da República. A república eu sei que era o Brasil, mas o resto ficou meio vago. Não lembro o nome do partido e, pensando bem, nem o nome do marido, de quem só guardei o número da conta bancária, pelo valor afetivo. Quando ele foi acusado por outro senador de ser ladrão, chegou em casa e trancou-se no gabinete para preparar sua resposta. Azeitou e carregou a Réplica, que era como ele chamava sua 38 de cano longo, fiel aos seus princípios políticos segundo os quais “retórica de macho é tiro”. No dia seguinte foi com a Réplica ao Senado, pediu a palavra e atirou cinco vezes no seu acusador, matando cinco ao seu redor. O outro respondeu aos tiros com sua 45 e matou mais três, inclusive meu marido. Felizmente a conta era conjunta. Em seguida, o presidente do Senado pôs ordem na sessão, atirando para o alto e, com a briga encerrada, pôde conduzir os trabalhos a contento, depois de retirados os corpos. É preciso lembrar que o Senado então ficava no Rio e quase sempre havia quorum, mesmo com as baixas. Hoje, os congressistas se agridem verbalmente e trocam insinuações e ironias em vez de tiros. Quer dizer, não existe mais romantismo, para não falar em argumentos convincentes. Da tua saudosa Dorinha.”

Luis Fernando Veríssimo

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Dorinha

Recebo outra carta da ravissante Dora Avante. Dorinha, como se sabe, não revela sua idade e diz que não comemora mais aniversário “para não banalizar a data”. Nega, no entanto, que ela e o Ruy Barbosa “ficaram” durante uma festinha. Depois de tantas plásticas Dorinha está pensando em fazer um teste de DNA para saber se ela ainda é ela, pois desconfia que só o que sobrou de autêntico foi o botox. Dependendo do resultado do teste, se lançará como candidata à Presidência da República, com o slogan “O que é que a Dilma não tem que eu também não tenho?”. Segundo a Dorinha, se a História do Brasil prova alguma coisa é que presidente homem não dá certo. “Cromossomo não é neurônio” é outra das suas frases de campanha. Ela procura o apoio de uma sigla decente, já que as indecentes estão todas comprometidas. Espera formar uma coligação, sendo esta a primeira vez na sua vida em que pede uma aliança sem precisar dizer que está grávida. Sua campanha... Mas deixemos que a própria Dorinha nos conte. Sua carta veio, como sempre, escrita com tinta roxa em papel violeta, cheirando a “Mange Moi”, um perfume condenado pelo Vaticano.
“Caríssimo: beijíssimos! Sim, minha campanha está nas ruas, seguida, por enquanto, apenas pelos cachorros. Nas pesquisas estou empatada com não sabem ou não quiseram opinar. Mas as pesquisas são falhas: ignoram um grande segmento da população, formado por todos os meus ex-maridos. (No momento, por sinal, estou livre como um táxi, e só aceitando corridas curtas.) Contratei um marqueteiro para orientar minha campa$mas o despedi depois que ele sugeriu que eu me apresentasse com os netos, para ganhar o voto coisa mais fofa. Eu sempre disse que os netos são como as rugas para mostrar a idade, com a diferença que para as rugas tem cremes. Vou cuidar da minha própria imagem na TV, expondo meu ideário político e econômico (por exemplo: sempre achei que não há nada de mal com a concentração de renda se for feita com bom gosto) e os meus seios. Quero ver o Serra fazer o mesmo! Aliás, me ofereci para ser a vice na chapa do Serra mas recusaram, com a absurda alegação de que eu ofuscaria o candidato nos palanques. Só um poste não ofuscaria o Serra, mas o Marco Maciel não aceitou. Dizem que o Serra falando em comício é tão chato que o público aplaude microfonia! Enfã, estou na luta e espero o seu voto. Da tua Dorinha.”

Luis Fernando Veríssimo