Sábado e domingo, 09 e 10/05
Esses foi um dia das mães estranho e triste.
Pela primeira vez desde... desde sempre eu não estive junto com minha mãe.
Já se imaginou como uma massa de pão?
A gente está sendo castigado, surrado, amassado. Talvez teremos um breve descanso mas vamos passar pelo fogo, ainda.
Está tudo diferente na maneira com que nos relacionamos. Entre nós, com o trabalho, com os estudos, na forma de fazer compras, etc.
Tudo isso mudou muito depressa e vai continuar mudando porque ainda não acabou.
A realidade tá batendo na gente com força e nós chegaremos adiante transformados.
Porque como bem disse o infectologista Átila Iamarino "o mundo que a gente conhecida não existe mais".
Uma pesquisa da Faculdade de Medicina da USP em Ribeirão Preto/SP deu uma ideia do quanto podemos estar enganados a respeito das proporções da pandemia no país.
Basicamente comparamos nosso estágio da doença (acredito que em "semanas desde o primeiro caso") com os registros da Coreia do Sul, país que, de fato, testou em massa sua população.
Assumindo que a taxa de mortalidade lá é a mesma daqui e ajustando a quantidade de pessoas em cada faixa etária para o que temos no Brasil os pesquisadores chegaram à conclusão que devemos ter cerca de 1,9 milhões de infectados. (1,5 à 2,2 milhões, considerando a margem de erro).
Nós testamos muito pouco e a subnotificação é esperada mas esses números seriam no mínimo 10 vezes maiores do que os dados do Ministério da Saúde.
Quem não está com medo é porque não está prestando atenção em nada!
Em números oficiais temos 162.699 doentes e 11.123 mortos
