sexta-feira, 3 de abril de 2020

Diário da Pandemia - 03/04

Estava a toa em casa, sem fazer nada, me olhei no espelho e percebi que o cabelo estava muito grande.

Tenho uma máquina em casa então pensei:

Por que cortá-lo?
Por que não cortá-lo?
Por que cortá-lo?
Por que não cortá-lo?
Cortei-o-ô
(sambárilove!)

Quer dizer, minha filha cortou.

Não tinha, realmente, o que dar errado.
Era só escolher a altura e passar na cabeça toda.
Fizemos na máquina #3.

Ficou bom, saiu de graça e nos divertimos bastante.
Uma vizinha também. Ela ficou meio escondida atrás da cortina, olhando, mas eu vi que estava lá.




Me lembrou o sábado, dia 04 de dezembro de 1994, quando eu raspei meu cabelo pela última vez.
Naquela ocasião eu odiei o resultado com todas as minhas forças.
Marcou tanto que até hoje lembro a data exata, o dia da semana e o nome do barbeiro, "seu" Luiz, já falecido. Lá se vão quase 26 anos.

Mas dessa vez eu achei ok.
Gostei, até.
Já disse que saiu de graça?
De graça é importante.
De graça é muito bom!

O trabalho me manteve fora das notícias e das redes sociais nessa sexta feira.
Foi bom dar um tempo e respirar um pouco.
Vou fazer isso mais vezes.

De novo tivemos um dia com mais de mil casos novos e outras 60 mortes.

53% do total de casos confirmados e 62% das vítimas fatais no país foram registrados na última semana, especialmente nos últimos 4 dias.

Vamos vencer, mas não sem sacrifícios.

No Brasil são 9.056 doentes e 359 mortos