Quinta, sexta, sábado e domingo, 09, 10, 11 e 12/04
Fui obrigado a dar um tempo em tudo relacionado à pandemia.
Meu psicológico não tá suportando a forma leviana com que estamos lidando com isso.
É muita gente na rua, muita gente nos estabelecimentos comerciais, muita gente que não está se protegendo como deveria.
E na imprensa ouvimos todos os dias o presidente da república fazendo chacota da doença e incentivando todos a irem pra rua e retomarem suas rotinas normais.
Tá muito difícil!
É uma sensação de impotência que mata a gente.
Minha mãe me ligou hoje. Estava com meu padrasto (ambos 60), uma tia (chegando nos 50), meus avós (87 e 79) e minha irmã (diabetes/pressão/renal crônica) num restaurante.
Segundo ela vão "parar com essa palhaçada de isolamento".
É pra acabar a esperança!
Nunca na minha vida eu quis tanto estar enganado, como agora.
Que os cientistas tenham errado!
Que a contaminação seja menor!
Que a taxa de mortalidade não seja tudo isso!
Porque se não acontecer isso nós vamos sofrer muito e não tem "eu avisei" que diminua a dor de um ente querido morto.
Deixa os ignorantes "vencerem".
Deixa eles apontarem o dedo na nossa cara e dizerem que sabiam que não era nada de mais.
Porque a vida das pessoas é importante demais pra gente se preocupar em estar certo.
No Brasil são 22.169 doentes e 1.223 mortos.
Veremos o que será de nós em duas semanas.
A propósito, a cadeira que comprei é excelente, mas isso acabou tão insignificante perto das demais coisas que nem sei porque resolvi falar sobre ela.